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Copy E-book “Labirinto dos Esquecidos da Babilônia”

A magia dos passos de cada leitor passeando pelo labirinto de páginas podia incendiar os corredores da Biblioteca Central a qualquer momento. Era possível que cada minuto passado no contar do tempo do relógio, de tamanho monstruoso e feições fantasmagóricas, tivesse algo a ver com tudo o que acontecia dia após dia naquele ambiente de poeira e histórias. Rafael sabia que ali havia começado tudo. Ali também haveria de ter as respostas necessárias para tornar a cidade de sombras e vultos em um lugar normal outra vez. Apesar de todo mal visto nos últimos meses, apesar de saber que tudo foi destruído e morto, ali dentro, na Biblioteca Central, habitavam as últimas amostras, em carne e osso, e diria pensamentos, da população que um dia viveu entre ruas e avenidas da última cidade do século 21. Se você gosta de histórias que misturam realidade e fantasia, com um molho de livros e personagens sinistros, é a sua vez de adentrar no mundo do “Labirinto dos Esquecidos da Babilônia” versão E-book. ...

Uma homenagem a Carlos Ruiz Zafón e ao Cemitério dos Livros Esquecidos

Certa vez estava perdida. Havia acabado uma grande jornada. Havia visto amigos morrendo. Uma grande guerra num castelo longínquo onde até suas estátuas de guerreiros, naquele dia, lutaram para proteger um legado de educação, lealdade e amor. Saí daquele lugar com a promessa de que sempre que fosse preciso, teria aqueles muros e salas ocultas de braços abertos. Seria só pedir. Me senti perdida. Não havia mais aventura a ser vivida nem uma guerra para se preparar e - tentar - vencer. Então, uma amiga me ofereceu uma nova jornada. Um novo sentir. Um grande talvez, como diria um outro amigo. Foi aí que conheci um garoto que assim como eu, havia lido uma estória e ficado obcecado por mais. Daniel e eu descobrimos juntos que não havia sinal algum da existência de seu autor ou seus livros. Descobrimos mais tarde que de tanta alma em sua criação, um de seus diabos acabou fugindo das páginas e chegado ao nosso mundo. O dito real. A gente descobriu que ele estava atrás de nós. E furioso com noss...

Sobre corações partidos

Ficamos sentados na mesa alguns minutos, contemplando o vaivém dos garçons no salão da Casa Leopoldo. - Sabe o que é bom nos corações partidos? - perguntou a bibliotecária. Neguei. - É que só podem se partir de verdade uma vez. O resto são apenas arranhões. - Ponha isso em seu livro. O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón

Atemporal: café e memórias de um tempo de sonhos

"Da janela de nossa cozinha, eu e Martín, sempre tomamos nossas xícaras de café todas as manhãs logo depois de acordarmos." "Martín, com a cara de sempre de quem mal dormiu ou dormiu demais e eu idem. É gostoso, apesar de estranho, estarmos eu e ele, juntos, aqui onde sempre quis estar (pelo menos desde meus 16 anos) com alguém que gosto tanto. Digo, é perfeito. Logo ele. Nunca imaginaria isso. Arrisco dizer que o amo. É, isso deve ser amor. Dizem que sabemos quando realmente é, mas dizem também que só percebemos quando perdemos. Eu prefiro acreditar que sim, é amor, finalmente." "Da minha xícara, a maior e mais cheia, vejo fumegar o café forte e seu cheiro me lembra - além da minha terra natal - muitas lembranças daqui. Da janela consigo observar pequenas elevações da região com plantações e animais pastando mesmo no frio. Algumas raras casinhas se destacam em meio ao verde das colinas, as flores e cabras..." "Martín sempre me diz que preciso l...

As perguntas que somente Deus pode responder

E eu me lembro de quando (eu) era criança. Queria m orrer logo, o mais rápido possível. Queria poder encontrar D eus o mais rápido (possível). Uma vez me disseram que só era possível encontrar E le quando (eu) morresse. Lembro que não conseguiam responder todas as minhas perguntas e me mandavam fazê-las a  D eus. E eu me lembro de quando era criança. Queria morrer logo, o mais rápido possível ... Por Tamara Fawkes